Sinopse: A série conta a história de Morfeus, um dos Perpétuos — criaturas análogas aos deuses, mas ainda maiores — responsável pelo Mundo dos Sonhos. Basicamente ele controla e tem acesso a todos os sonhos da humanidade e de todas as criaturas capazes de sonhar, sendo o senhor do Mundo dos Sonhos, a terra aonde vamos em nossas horas de sono. Quando uma ordem mística tentou capturar a irmã de Sonho, a Morte, em seu lugar eles capturaram Morfeus. Assustados com o que conseguiram, os membros da ordem o mantiveram cativo. E assim teve início um período de diversas décadas em que esse Perpétuo ficou trancafiado à mercê de seus captores, deixando o Mundo dos Sonhos abandonado e os sonhadores desamparados. A série nos revela como ele se libertou e como foi capaz de se adaptar no mundo após tantos anos de ausência, e também nos mostra um vislumbre de sua história e da mitologia dos Perpétuos.
Em 1989 o jovem Neil Gaiman foi convidado a DC para escrever uma releitura do personagem Sandman, e entregou uma longa série que apresenta Morfeus, Perpétuo do sonho, que é preso por engano por um bruxo na terra, passando 70 anos privado de seu reino, enquanto o mundo vive problemas da desordem ente sono, sonhos e pesadelos entre os humanos. A missão de Morfeus se inicia após conseguir sair de seu cárcere, e partir em busca de seus objetos de poder: o elmo, a algibeira e o rubi.
A leitura de Sandman foi maravilhosa, as histórias são bem reflexivas, episódicas, daquele jeito que deixa a gente ruminando as histórias por um bom tempo. Há partes que a gente precisa voltar pra pegar as referências lá do começo e dá pra sentir que Gaiman foi se encontrando enquanto escrevia. Os contos do início são mais DC que os últimos, até mesmo aparecendo vários personagens da casa das lendas, aos poucos Gaiman foi se afastando pra focar no seu próprio universo, e ainda assim continua muito bom, até melhor, misturando magistralmente fantasia, ocultismo, aventura, gore, suspense, filosofia e heroísmoFoi uma leitura que fiz lentamente durante alguns meses, sentindo cada história e me habituando com os personagens, e mesmo assim, precisarei revisitar as mais de 600 páginas, da edição publicada pela Editora Panini, pois sinto que elas não se esgotaram dada a riqueza que o reino do sonhar abriga. (E olha que esse é apenas o volume 1)
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