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O Fazedor de Velhos

Singelo e reflexivo, O Fazedor de Velhos é uma interessante obra no escritor brasileiro Rodrigo Lacerda. 

Por Alexandre Melo, de Recife

O Fazedor de Velhos, assinado por Rodrigo Lacerda (Cosac Naify, 2003, 136 pgs) foi um livro que me chamou pelo seu título. Demorei um pouco para debruçar-me nele, apesar de ser um livro curto, encontrei somente agora o momento apropriado para lê-lo.

Lacerda narra em seu livro a história de Pedro, e alguns fatos interessantes de sua vida. Vemos a influência de seus pais no gosto pela literatura brasileira, passando pelo momento de sua formatura, um amor do colégio, ingresso na universidade e o dilema de escolha de seu rumo profissional . (Pedro cursa História na faculdade, mas sente que seu amor pelo curso não realiza sua vida pessoal integralmente - me identifiquei na hora!) 


Logo no inicio de O Fazedor de Velhos, Pedro ainda adolescente conhece um senhor no aeroporto, que se mostrará peça fundamental no desenrolar da trama.
Apesar de ser uma pessoa bastante criativa, o protagonista é rodeado por incertezas e imaturidade. É ele quem narra a sua própria saga, que a inicio nos oferece uma narrativa meio engasgada, mas que aprimora-se da segunda parte da obra em diante.


Confesso que vi muitas críticas positivas ao livro, mas ao concluir a leitura da obra de Lacerda, senti que faltou algo que não sei bem explicar... A ideia é boa, mas talvez a execução não foi tão prodigiosa. Há durante a narrativa, em minha opinião, um excesso de parágrafos explicando outros livros, e isso, mesmo em um livro curto, enfada. (Se você pretender ler O Rei Lear, de Shakespeare, não leia antes O Fazedor de Velhos, pois há muitos spoilers.) De toda forma, O Fazedor de Velhos tem seu brilho, e pontos altos que lhe fazem uma obra interessante. 






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