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A fábula do garoto que não queria crescer: Peter Pan

A Martin Claret relança em edição especial um dos mais célebres clássicos da literatura infanto-juvenil britânica. Viaje conosco para a Terra no Nunca nas páginas de Peter Pan.

Por Alexandre Melo, do Recife

-Pan, quem é você? - disse ele num grito rouco.
-Sou a juventude, sou a alegria - respondeu Peter ao acaso. 
-Sou uma avezinha que rompeu o ovo.

Assim se definiu o garoto peralta que morava em uma ilha distante, voava, lutava contra piratas e peles-vermelhas, e tinha como amigas as fadas e as sereias. Peter Pan é um clássico da literatura infanto juvenil britânica, escrito em 1911 por J M Barrie com titulo original de Peter & Wendy, a partir de uma peça que ele próprio escreveu. Peter Pan tornou-se mundialmente popularizado depois da adaptação cinematográfica feita por Walt Disney em 1953.


No enredo temos a família Darling, com pai, mãe e três filhos: João, Miguel, o caçula e Wendy, a mais velha. As crianças em uma noite são visitadas por um menino aparentando 6 anos, ainda com dentes de leite, que se chama Peter Pan, ele veio em busca de sua sombra que ficara perdida na casa dos Darling. Após acordar Wendy, que costura sua sombra de volta, ele o convida para ir com ele para a Terra do Nunca, ela prontamente aceita contanto que possa levar seus irmãos junto. A ciumenta fada Sininho está com Peter, e assim os cinco partem voando pela janela do quarto em direção a fantástica ilha, onde encontrarão os perigos do peles-vermelhas que dominam o lugar, das sereias que cantam à noite e dos terríveis piratas comandados pelo capitão James Gancho.


Peter durante a história mostra-se uma figura bastante interessante, não tendo noção do perigo, mostrando-se bastante corajoso, mas com uma memória extremamente curta (fiquei me perguntando se ele sofria de Alzheimer infantil) Uma característica interessante da Terra do Nunca, é que lá as crianças não envelhecem, sendo difícil estimar a verdadeira idade do jovem Peter. 
Apesar de ser uma história infantil escrita no início do século XX, Peter Pan é um menino nada convencional, que afirma já ter matado muitos piratas, anda armado com facas e é altamente irresponsável, mas o que me impressionou mesmo foi a fada Sininho, que se mostra uma criatura muito ciumenta, ao ponto de cometer barbaridades...


No entanto, a história tem muita beleza, a começar pela  letra de Barrie, que se faz narrador da fábula, e nos transporta a um mundo de fantasia, que toda criança poderia imaginar viver aventuras. O sentimento que a vida adulta nos faz perder é o foco principal que senti lendo Peter Pan, muitas coisas simples e alegres vão sendo perdidas com o decorrer da vida. As responsabilidades chegam, as contas, o trabalho, os filhos, e aos poucos nos fazem esquecer como é lindo voar...


O livro foi republicado recentemente pela editora Martin Claret, que trouxe uma linda edição em capa dura, com ilustrações do Weberson Santiago (o mesmo que ilustrou as capas da Coleção Folha Grandes Nomes da Literatura no ano passado) e tradução de Bárbara Guimarães. Conta ainda com um Apêndice e notas explicativas bem atuais. Vale a pena conferir!

 Uma curiosidade: J M Barrie ainda em vida doou os direitos da história ao Hospital infantil de Great Ormond Street. A instituição nem imaginava que acumularia bons fundos com a generosa doação do autor de Peter Pan. Que ação linda, não?

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Recebemos essa edição de cortesia em troca de uma opinião sincera sobre o livro. Muito obrigado Editora:


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