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Maravilhas e Espelhos nas Aventuras de Alice

Traduzido para mais de 50 idiomas, as obras de Carroll ainda fascinam o público infantil e adulto. Conheça os dois livros que inspiraram Alice do cinema.

Por Alexandre Melo, do Recife.
Animais que falam e fazem coisas estranhas, lugares que começam onde terminam, pessoas excêntricas, baralhos e peças de xadrez que ganham vida, e uma rainha que vive falando: Cortem-lhe a cabeça! Nessa mistura Lewis Carroll (pseudônimo de Charles Lutwidge Dodgson) escreveu suas duas principais obras literárias: Alice no País das Maravilhas e Alice Através do Espelho, livros que em comum tem a fantasia infantil de uma menina de 7 anos bem esperta.

Carroll inspirou-se na garota, Alice Pleasance Liddell, que quando tinha 10 anos ouviu-lhe contar a história que deu origem ao livro, em 1862. Em 1964 o autor apresenta o manuscrito da obra para a menina Alice, e em 1865 é publicada a segunda edição, mais completa, tal como conhecemos hoje. Alice já foi traduzida para mais de 50 idiomas e foi muitas vezes adaptado para cinema e teatro.

No enredo a menina cai em um buraco "sem fundo" enquanto corria atrás de um estralho Coelho Branco com um relógio, ao findar, encontra-se em um lugar misterioso e mágico, em que coisas fantásticas acontecem. Em busca de explorar esse País das Maravilhas, a menina cresce, encolhe, conhece uma Lagarta que fuma narguile, um Gato risonho que desaparece no ar, um chapeleiro maluco que toma um chá que nunca acaba com uma lebre e um esquilo, e ainda uma Duquesa que nina um porquinho como bebê. Em meio a diálogos bem malucos, e divertidos, Alice No País das Maravilhas traz questionamentos sobre o tempo, além de alguns cálculos matemáticos (Carroll era além de escritor, matemático, fotógrafo, e reverendo) e pequenos poemas declamados por personagens.


Em Através do Espelho, Alice faz exatamente isso: Entra no espelho, e se vê em um lugar reinado por peças de Xadrez, onde as coisas andam ao contrário. Desta vez a menina tem que atravessar as 8 casas do tabuleiro-mundo para tornar-se rainha. Semelhantemente ao País das Maravilhas, nesse mundo reverso acontecem coisas inusitadas com personagens tão estranhos como os de sua aventura anterior, tal como Humpty Dumpty, que é na verdade um ovo com braços e pernas, e Tweedledum e Tweedledee, gêmeos gorduchos que nunca se contradizem. No caminho toma trem, vai a uma loja, atravessa um floresta em que esquece o próprio nome, além de conhecer os cavaleiros que vivem caindo de seus cavalos, e as duas rainhas do jogo: a Branca e a Vermelha (não seria preta?) 



O clássico infantil te faz rir em vários momentos, principalmente pelos monólogos da protagonista, que diga-se de passagem, adora falar sozinha. Senti que realmente a história era narrada por uma menina esperta de 7 anos, daquelas bem criativas que nos surpreendem em uma conversa. Carroll, apesar de ser uma figura controversa (vide casos de suspeita de pedofilia)  deixou em legado essas obras magnificas, que apresentam exatamente o pensamento inocente, mas esperto das crianças em relação as coisas. Por fim, em relação às obras, tenho que admitir que Alice no País das Maravilhas foi de leitura mais agradável do que Alice Através do Espelho.

Lemos as duas histórias em uma edição especial que recebemos da Martin Claret, com ilustrações belíssimas de Sérgio Magno, e tradução por Márcia Feriotti Meira, e Pepita de Leão.



- Naquela direção - disse o Gato apontando com a pata para direita - mora um Chapeleiro. E naquela - apontou com a outra pata - mora uma Lebre de Março, Visite qual deles quiser: os dois são loucos.
- Mas não quero me meter com gente louca - ressaltou Alice.
- Mas isso é impossível - disse o Gato. - Porque todo mundo é meio louco por aqui. Eu sou. Você também é.
- Como pode saber se sou louca ou não? - Disse a menina.
- Mas só pode ser - explicou o Gato. - Ou não teria vindo parar aqui.



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