O Papel de Parede Amarelo, de Charlotte Perkins
Por Alexandre Melo, de Recife
A história é simples e curta, inspirado na vida da autora, mas mesmo se tratando de um conto, existe sim uma certa complexidade e subjetividade na narrativa epistolar. Uma mulher após o parto adquire uma forte depressão e seu esposo - super protetor, possessivo e egoísta - John, a leva para passar uma temporada em uma casa estranha aos olhos da mulher, mas que para o homem, que também é médico, seria uma ótima forma de melhorar do que ele chama de "estado temporário". A mulher acaba confinada em um quarto no 1ª andar, que antes era um quarto de criança. Lá sua depressão se desenvolve e ela começa a imaginar coisas malucas ao observar o velho papel de parede amarelo do recinto.
Um conto rápido, subjetivo e perturbador tanto pelo comportamento do marido (opressor, mas com sorriso amarelo no rosto) quanto da perturbação mental que sofre a pobre mulher enclausurada no quarto mais alto de uma velha casa. Charlotte Perkins tornou-se uma das mais importantes feministas dos EUA, contudo não achei O Papel de Parede Amarelo uma leitura espetacular, como muitos andam falando. Apenas boa.