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O fantástico Planeta dos Macacos de Pierre Boulle


Minha última leitura foi a obra do francês Pierre Boulle, muito conhecida por conta da sua adaptação para o cinema, O Planeta dos Macacos. Devo admitir que não assisti a clássica versão do filme citado, apenas acompanhei a nova franquia, que inicia-se com Planeta dos Macacos, a Origem, que eu achei muito boa. Mas isso não vem ao caso, vamos falar da obra de Pierre Boulle, que por sinal foi escrita na década de 1960.


A história inicia-se com um depoimento escrito em um pergaminho em uma garrafa, encontrado por um casal de cosmonautas, e cuja descrição aborda acontecimentos vividos pelo astronauta Ulysse Mérou e seus companheiros de viagem. Após dois anos no espaço viajando à velocidade da luz, os astronautas adentram ao sistema que gira em torno do sol vermelho Betelgeuse, e encontram um planeta com características bem semelhantes à Terra. Lá, após pousarem, descobrem que tudo é muito parecido mesmo, inclusive a atmosfera é respirável, o que não suspeitavam é que o planeta que chamaram de Soror é dominado por macacos inteligente, que subjugam os seres humanos -  irracionais diga-se de passagem - , que não apresentam a cognição esperada por sua raça. Ulysse é o protagonista, e vive experiencias bastante difíceis durante sua estadia em Soror, que envolvem aprender o idioma nativo, tentar compreender a sociedade símia e também a sociedade humana, por meio de Nova, humana irracional que Ulysse admira.


Boulle é genial, e faz com que fiquemos presos a cada página desse livro extremamente criativo. (confesso que estou me tornando fã de literatura de ficção cientifica). A narrativa é extremamente fácil, nada de complexo é encontrado nas letras de Boulle, as justificativas são em sua maioria plausíveis para um leigo na ciência, como eu (kkkkk) tornando a leitura de O Planeta dos Macacos prazerosa e reflexiva muito mais no aspecto social, e de como nós humanos construímos nossa relação com o mundo, do que em características cientificistas técnicas.


A Editora Aleph republicou a obra com muita categoria e um acabamento de dar inveja. O livro laranja tem cantos arredondados, e lembra um caderno Moleskine, a capa é outro espetáculo a parte, contando com a imagem de um fóssil símio (ou de hominídio) sobreado. A Aleph vem mostrando que no que diz respeito a arte, a simplicidade nem sempre é oposta ao sofisticado.


O Planeta dos macacos é um livro excepcional, Recomendo a leitura, e já entra para minha lista de melhores do ano 2015.


Abraços!
Alexandre Melo
@_alexandremelo

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