Neve na Primavera - Sarah Jio
Oi gente! Com os correios atrasando, recebi de uma só vez uma enxurrada de livros das queridas editoras parceiras. Por isso, hoje conto com a ajuda de minha amiga Jacilene que gentilmente leu e escreveu para nosso blog com exclusividade sobre suas impressões a esse lindo livro publicado pela nossa parceira Editora Novo Conceito: trata-se da obra Neve na Primavera, de Sarah Jio. Espero que gostem de ler a opinião dela, e agradeço a minha amiga pela força!
Apesar de ter uma nota dramática, o livro em si não é necessariamente um drama, ele é mais o relato de um encontro entre duas mulheres que viveram situações semelhantes em épocas diferentes na mesma cidade em meio a uma tempestade de neve fora de tempo.
A narrativa é toda em primeira pessoa, então nós mesmos vamos acompanhando a Vera e a Claire e conhecendo elas intimamente em um jogo no qual em um capitulo estamos em 1933 e no outro em 2010 e assim sabemos que a Vera é uma empregada em um grande hotel em uma época anterior aos direitos trabalhistas que em meio a uma nevasca tem seu filhos roubado, e a Claire é uma jornalista economicamente estável, mas emocionalmente arrasada, que em meio a nevasca recebe o desafio de escrever.
Emocionalmente e profissionalmente em frangalhos a Claire encontra uma matéria sobre o desaparecimento do filho de Vera e se liga afetivamente aquela mulher desesperada em busca do seu filhos e em meio a investigação desse sequestro ocorrido quase 100 ano antes ela acaba se encontrando e encontrando um pouco mais no caminho.
Neve na Primavera é um livro lindo cuja tônica, na minha opinião é dada pelo conjunto de buscas, encontros e empatia. Talvez por ser historiadora, acredito que muitas vezes para dar um passo a frente precisamos dar dois passos para trás e foi exatamente isso que a Claire fez ou olhar para a história da Vera e olhando para essa história ela deu seu grande passo para frente. Encontrando um desfecho para a história da Vera e do Daniel ela encontrou um desfecho para si.
Em um mundo um tanto presentista, adorador da felicidade artificial, plastica e de fácil digestão, a Sarah Jio nos convida sem pretensões ler sobre pessoas que enfrentam problemas, olham para sujeitos derrotados no passado, tentar ter empatia, ligar pontas soltas, perdoar e nos perdoar... O livro é lindo, real, tocante, mexe com os nossos sentimentos.
Jacilene dos Santos (Pandora)
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