Um ano depois... impressões sobre o Kobo.
Algo é fato: O Kobo me possibilitou aumentar o número de livros que li. Isso se dá pelo fato do aparelho ser leve, não cansar a vista, ser prático, (principalmente) e por poder deixar as letras de um tamanho que pouco cansam a vista. A iluminação confort light permitiu a leitura na cama durante a noite, com luzes apagadas, melhorando ainda mais a experiência. Posso garantir que, com o Kobo, li poucos livros de papel nesse último ano.
Diferente do que eu acreditava, o branco do Kobo Glo não encardiu. Cuido bem de meus objetos e ele está novinho, apenas a traseira colorida adquiriu uma pequena mancha, por conta da case. O aparelho não me deu grandes dores de cabeça... apesar de ser um pouco lento, (a gente acostuma) ele travou pouco, e isso mais por conta de algumas atualizações. Somente recentemente é que tenho percebido que a eink está deixando mais fantasmas do que de costume... veremos.
Um ponto negativo (ou positivo depende do ponto de vista), é que reduziu-se consideravelmente o número de livros de papel comprados em minhas estantes. Tenho optado pelos ebooks, até por conta de eu morar em uma casa que não me dá tanto espaço assim para livros físicos. Conto como positivo, pois de certa forma, o Kobo é ecologicamente correto, pois quanto menos livros de papel, menos árvores precisa-se para fazer papel.
Tive pequenos contratempos durante a jornada com ele no quesito acessórios: encontrar uma case com preço justo é um desafio! Recorri ao ebay e tive que importar uma capa, para esquivar-me dos preços assustadores das capas oficiais vendidas no país. Contudo, um pequeno atraso (de 3 meses) na entrega me fez acreditar que o produto não seria entregue, e acabei comprando a caríssima capa original Kobo. Uma semana depois chegou a capa da china que eu esperava, e acabou que fiquei com duas.
O Kobo é ótimo para grifos. Sabe aquela passagem especial, que você quer citar no facebook? Pois bem, dá pra fazer facilmente, e você não precisa andar com uma caneta marcadora e nem com um bloco com trezentos mil post-it. Outra vantagem são aqueles momentos em que lemos um clássico, e tem aquela palavra cabulosa, que você não sabe o significado. Eu não sou o tipo de leitor que para a leitura e pega um dicionário, eu geralmente continuava a leitura na esperança de entender mais adiante. Agora, é só tocar na palavra e o Kobo me mostra o significado na hora. Ganho tempo, não perco o foco da leitura, e aumento meu vocabulário ao mesmo tempo. Formidável, não? Mas se deseja anotar algo, esqueça, escrever no Kobo é sofrível, como não sou de anotar, apenas de marcar, não senti falta de nada.
Nem tudo são flores no mundo dos ereaders. As editoras insistem em não cobrar o preço justo nos ebooks, que ainda são pouquíssimo mais baratos, que os livros físicos. Livros que não gastaram papel, tipografia, impressão, transporte, etc. são míseros 5 reais mais baratos que um livro de papel. Resultado: a popularidade nunca atingirá o que se espera dessa tecnologia. O segredo seria baratear os ebooks para que as vendas aumentassem, e ocorressem menos pirataria. Fica a dica.
Posso dizer que, apesar da resistência inicial, e de ter ido duas vezes a Livraria Cultura até decidir comprar o Kobo, não me arrependi. Valeu a pena. Compraria novamente, e enquanto a tecnologia eink estiver sendo usada, estarei lendo em ereader. Se você é uma pessoa leitora assídua, pode comprar sem medo um aparelho, seja Kobo, Kindle, Lev, etc. Verás que vale o investimento.
Até mais!